quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Deve o Cristão Apostar na Loteria?

 

A Loteria - Podemos usá-la para a glória de Deus?

Será que é errado pensar em jogar na loteria? Quero dizer, eu não quero riquezas por mim mesmo, mas para a minha família, a obra de Deus, as obras de caridade na minha cidade, e, bem, se eu quisesse tudo somente para mim, um cristão, isto seria ruim? Vamos comparar esse assunto com os princípios Bíblicos. Se levemos “cativo todo o entendimento à obediência de Cristo” nos faremos uma bênção para nós mesmos (II Cor 10:5).


Trabalhar é necessário

Quando o homem estava no jardim do Éden, antes mesmo de pecar, ele era contentíssimo com a presença do Senhor na viração dos dias e com todas as suas necessidades supridas abundantemente. Viver para a glória de Deus era a sua felicidade maior. Mesmo assim, sim, antes do pecado, o homem trabalhava. Adão tinha a ordem divina de “lavrar e guardar” o jardim onde o Senhor o pôs (Gên. 2:15). Isso era a sua responsabilidade e necessitava esforço e obediência. Lembramo-nos que foi Adão que colocou o nome em todos os animais também (Gên. 19), e isso não deveria de ser um piquenique. Mas, apesar da responsabilidade e a necessidade de fazer esforço, o trabalho não era lhe pesado. O trabalho somente tornou pesado quando o homem pecou. Foi naquela circunstância que o trabalho tornou a ser uma necessidade, e, uma necessidade constante.

A sentença divina que veio por causa do pecado foi: “no suor do teu rosto comerás do teu pão” (Gên. 3:19). Isso “porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore do que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causas de te, com dor comerás dela todos os dias da tua vida” O princípio divino sobre a necessidade de trabalhar para comer não somente começou na hora do surgimento do pecado, quanto continuou até os dias do Novo Testamento pois Paulo, pelo Espírito Santo, escreveu: “Porque, quando ainda estávamos convosco, vos MANDAMOS isto, que, se alguém não quiser trabalhar, não coma também” (II Tess. 3:10).

Que tal maldição continua até os nossos dias não deve ser uma surpresa pois Deus declarou no dia da maldição, “com dor comerás dela TODOS OS DIAS DA TUA VIDA”. O pecado de Adão trouxe todos nós a sermos pecadores (Rom 5:12). A maldição que Adão receber, nós recebemos juntamente. O princípio do trabalho-comer é para nós ainda hoje. A loteria não submete-se à essa necessidade.

“A riqueza de precedência vã diminuirá, mas quem a ajunta com o próprio trabalho a aumentará.” Prov. 13:11

A loteria reflete o desejo eterno do homem livrar-se dos efeitos do pecado em sua vida, ou, melhor, em viver como não haja ordem superior sobre ele. A loteria alimenta a idéia errônea que podemos ter algo de valor com boa consciência, sem trabalhar ou suar por ele. A nossa natureza pecaminosa já compra essa idéia na primeira apresentação pois temos um coração enganoso (Jer 17:9). Os que têm uma nova natureza por Cristo já lutam contra a carne (Gal 5:17) e por isso raciocina que pode fazer algo que é contra o princípio bíblico de somente ganhar através do trabalho e usar tal fruto do pecado para a glória de Deus (Rom 3:8). E, é verdade que queremos crer que podemos fazer o bem enquanto nos ocupamos com o que Deus não abençoa! Mas não devemos nos iludir. Se não estamos obedecendo, estamos desobedecendo (Mat. 12:30).

A confiança no Senhor

O Cristão tem quem cuida de si: o próprio Senhor. A promessa de Deus é que Ele nunca nos deixará nem nos desamparará (Heb 13:5). Este Senhor bondoso e poderoso sabe o que necessita o Seu filho comprado pelo sangue de Cristo (Mat. 6:32), e, com amor, suprirá “muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos; segundo o poder que em nós opera” (Efés 3:20).

Sem dúvida Deus pode suprir as nossas necessidades de maneiras extraordinárias mas deve ser observado que é Ele que faz tais prodígios. Para nos colocar em posições comprometedoras ou em lugares questionáveis não é de praticar a fé mas é de tentar Deus (Mat. 4:6-7). Quando confiamos no poder e nas promessas do Senhor, temos verdadeiro descanso de espírito. Os que querem confiar no braço de carne, somente terão o auxílio que um braço de carne pode dar. Melhor é confiar no Senhor (II Crôn. 32:8). Para confiar no Senhor, em vez de confiar em nossas próprias capacidades, precisamos morrer a nós mesmos. É louvável tal atitude e nos conforma à imagem de Cristo (I Pedro 4:1).

O Contentamento

Um estudo sobre a loteria não seria completo sem uma menção de contentamento. A loteria não incita o crescimento nessa virtude mas contrariamente inflama os excessos das obras da carne (Gal 5:19-21). Quando Jó perdeu tudo o que tinha, a sua piedade com contentamento era louvável (Jó 1:21). Ele não culpou Deus nem correu para a sua “esperteza” para resolver a sua situação desesperadora. Ele confiou no Senhor. É assim o contentamento com piedade é ganho (I Tim 6:6). Preocupar com o dia de amanhã não é louvável pois evidencia pouca fé (Mat. 6:25-30). Não é fácil de ser contente com o que temos, mas é um alvo de crescimento para o Cristão sério. Paulo, o apostolo, pela experiência na vida Cristã, aprendeu de ser contente com o que tinha (Fil. 4:11-13). Viver com o que temos nos ensinará a termos essa virtude. Jogar na loteria nunca nos ensinará contentamento. Muito menos nos levará à piedade.

Exemplos Bíblicos

Será que os exemplos Bíblicos podem nos ensinar a participarmos na loteria? Quais exemplos Bíblicos temos dos servos de Deus ocupando-se nessa prática? O Cristão é para ser uma testemunha: uma luz nas trevas, um elemento que preserva e conserva boas qualidades na sociedade (Mat. 5:13-16). A ocupação do Cristão é de anunciar as virtudes daquele que nos chamou das trevas paras a sua maravilhosa luz (I Pedro 2:9). Nas Escrituras Sagradas achamos louvor para os justos (II Pedro 2:7) e os fieis (I Cor 4:2; Col. 12:2; Efés 6:221; Heb 3:5) mas nunca são louvados por Deus os que confiam na sorte ou no braço de carne.

O lançar sortes na Bíblia

Apesar de tudo que foi estudado sobre a loteria pode ser que pela prática de “lançar sortes” na Bíblia alguém quisesse apoiar a loteria. Seria bom de estudar este assunto num estudo separado mas seria suficiente notar que tal prática foi usada para determinar a vontade de Deus (Lev 16:8; Atos 1:26). Hoje temos a Palavra de Deus para nos ensinar, corrigir e nos aperfeiçoar (I Tim 3:16,17) não precisando mais praticar tal costume para sabermos a vontade de Deus. O lançar sortes foi útil também para agilizar uma divisão justa (Josué 18:6-10; Neemias 11:1; Sal 22:18).

Não achamos proibição de tal prática pois é útil (Prov. 18:18). Todavia, na Bíblia, nunca temos o exemplo da loteria comum que dá prêmios em dinheiro sendo usado para este fim. O uso de sortes também foi usado biblicamente para determinar a verdade (II Sam 14:42; Jonas 1:7). A Palavra de Deus é perfeita agora e podemos usá-la para testar toda a filosofia, pregação e prática, uma maneira nobre de determinar a verdade (Atos 17:11).

Que Deus abençoe a sua vida. Se está passando por dificuldades e está sendo tentado, o conselho bíblico não é de lançar sortes mas de lançar tudo sobre o Senhor porque Ele tem cuidado de vós (I Pedro 5:7).

As tentações na carne devem nos levar a morrermos à carne e viver pela fé (Tiago 1:2-6), e, portanto, úteis. Os princípios Bíblicos não mudam com a nossa situação socio-econômica mas são imutáveis. Espere no Senhor e achará alivio em Seu tempo para a glória de Deus (Isa 40:31). O buscar o Senhor sempre tem as suas recompensas (Mat. 6:33).
 
 
 
Fonte:http://crentec.blogspot.com/2012/01/deve-o-cristao-apostar-na-loteria.html

Ressurreição X Reencarnação

Quando disserem a vocês: consultem os médiuns, necromantes e os advinhos que chilreiam e murmuram, acaso será que o povo não irão consultar o Senhor seu Deus? Será que a favor dos vivos, irão consultar pessoas que já morreram?

Passarão este povo pela terra duramente se assim fizerem, serão oprimidos e famintos...olharão para a terra e verão angústia, escuridão e sombras de ansiedade e serão lançados para as densas trevas porque não buscaram a Palavra do Senhor. Is 8:19-22.

Assim morreu Saul porque pecou contra o Senhor consultando um medium. 1cron. 10:13.



Quem morre, não aparece entre os vivos, e quem está no inferno não tem mais perdão para o céu. Quem está no céu, não ver mais a terra e seus caos, não se entristece mais, não há choro porque Deus limpa dos seus olhos toda a lágrima(Ap.21:4). Agora, para quem vai para distante de Deus por não conhecer o caminho que é Jesus através de conhecer a sua Palavra, irá se lembrar de tristezas, o sofrimento será constante além de suas forças porque forças não terá mais, preocupações...podemos ver isso no capítulo de Lucas 16:19-31, porque a Nova Aliança nos foi dada a conhecer por Jesus Cristo e ele disse que o sofrimento seria eterno( ele diz: eu sou o Caminho a Verdade e a Vida e ninguem vem ao Pai ao não ser por mim .Jo 14:6, porque a minha palavras são espírito e vida Jo 6:63)separado de Deus depois da morte, será um eterno tormento.



Ressurreição X Reencarnação

- O Espiritismo afirma ser João Batista a reencarnação do Profeta Elias, perguntaram certa vez a João Batista: És tu Elias? Ele disse: Não sou.(Jo 1:21).

- Se reencarnar é encarnar novamente em outra vida depois que se morre(é isso que afirma ser reencarnar, encarnar duas ou mais vezes) como que João Batista seria a reencarnação de Elias se o profeta Elias ainda não morreu? Ele foi levado pelos mistérios de fogo de Deus na frente de várias pessoas como testemunha deste fato e está ele guardado em Deus para ser uma de suas poderosas testemunhas no dia do juízo final. Onde ele está, não sabemos mas se Deus segura o mundo pela Palavra do seu poder como não teria lugar para guardar um homem criado por ele? As coisas que Deus revela é para que saibamos, as que não revelou...são para ele. Dt 29:29.

Reencarnar- quando morremos e voltamos a terra em outro corpo como uma forma de aperfeiçoamento. Afirma-se que cada vez que voltamos a terra é para que possamos terminar uma missão interrompida ou pagarmos algo errado feito por nós em vidas passadas (isso funciona como forma de evolução do espírito humano).

*Então, seria envão Deus Ter vindo ao mundo como homem, para aperfeiçoar o homem pelo que ele fez na cruz, e ele morreu e ressuscitou para perdão dos nossos pecados. Se nós podemos nos aperfeiçoar, nos purificar sozinho sem o nosso criador? Se ele mesmo disse que sem ele nada podemos fazer Jo.15:5.



Se Deus afirma que precisamos dele para nos aperfeiçoar então de onde vem essa doutrina de auto-aperfeiçoamento e de vidas onde na Palavra de Deus diz que depois da morte o juízo daquela pessoa já é definido por Deus, se céu ou fogo de tormento sem paz. ( ler Heb.9:27).

E satanás é especialista em deturpar a Palavra de Deus e espalhar falsas doutrinas, pois os tais são falsos obreiros fraudulentos, transformando-se em apóstolos de Cristo. E não é de admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz. Não é muito, pois que os seus próprios enviados se transformam em ministros de justiça; e o fim deles será conforme suas obras. 2Cor 11:13-15.

Perguntaram a Jesus se uma mulher que havia ficado viuva 7 vezes, quando ela morresse e chegasse no plano espiritual, no outro lado da vida, de quem ela seria esposa? Porque eles ouviram falar sobre essa terrível doutrina de que quando uma pessoa morre e tem um amor e esse amor for interrompido por uma morte antes do tempo ou coisa parecida, em outra vida ela poderia voltar como mãe, irmã ou até mesmo esposa(o) da mesma pessoa para que a obra entre essas pessoas fosse concluída. Mas Jesus aboliu todas essas mentiras dizendo: Vocês erram porque não conhecem as Escrituras nem o Poder de Deus. Mc. 12:23-27.



Ressurreição

Quando o homem foi criado, foi feito perfeito a imagem e semelhança de Deus sem defeito, sem pecado e nem faltas, mas, esse homem pecou e esse pecado não nasceu no coração de Deus. Ez.28:11...Is 14:...o pecado que corrompeu o homem para viver contra a Palavra de Deus veio do coração de Lúcifer para o coração do homem para que este caia do céu ou seja, não alcance o céu, porque aquele que antes era Lúcifer (filho da Alva) hoje se denomina Satanás, querendo destruir o povo de Deus e espalhar vingança contra Deus nos corações das pessoas, vingança esta que está no seu coração porque foi lançado por Deus do céu .Lc 10:18.

O homem que antes era semelhante a Jesus, quando pecou, contaminou o corpo perdendo a forma de Deus(ficando assim o corpo humano sujeito a doenças, vermes e enfermidades de todos os tipos e formas) porque ele (o homem) deixou que a morte entrasse no seu ser, deturpando a mente com sentimentos de medo, dúvida e inseguranças porcausa da separação do seu criador.

Então, quando o homem recebe a Palavra que está em Jesus, Deus tem como objetivo recuperar a sua imagem no homem através do processo de regeneração. Jo.16:8-10.
*Através deste processo o homem transforma a sua alma dia após dia pela sua mente renovada nos pensamentos e conhecimento da vida eterna e abundante que Deus tem para ele.

*O Homem ganha um coração novo, temente a Deus porque passa a conhecer quem Deus é e quem o homem é em Deus e para Deus, para que no ultimo dia, quando Jesus voltar para revelar os segredos dos corações das pessoas, esses corações regenerados sejam para glória e semelhança dele, então haverá Ressurreição, corpos novos sem pecados, não nascidos de carne humana mas transformados por Deus para que todo o nosso corpo de pecado seja destruído.
Dois tipos de ressurreição:

Da morte para vida, que foi o caso de Lázaro que adoeceu, morreu para Jesus ressuscitar e ser reconhecido como Filho do Deus que se revela. Jo 11.

Ressurreição do último dia quando aquele que estava morto irá levantar com outro corpo dado por Deus, transformado em glória assim como Jesus quando ressuscitou. 1Tes. 5:23.
Fonte: http://crentec.blogspot.com

Bíblia escondida – Um povo que arrisca a vida para ler as Escrituras Sagradas


Provavelmente em nenhum outro lugar do mundo existem tantas bíblias literalmente escondidas no subterrâneo como na Coréia do Norte. E é nesta situação de perseguição a  cristãos e a Bíblia que encontramos histórias de amor a Deus e a sua Palavra.

No país que é o número 1 na Classificação de Países por Perseguição da Portas Abertas Internacional, a Bíblia é absolutamente proibida. Às vezes elas são escondidas para que o governo não condene os cristãos que as possuem a trabalhos forçados e até mesmo os levem a serem mortos.

O refugiado cristão Lee Joo-Chan lembrou-se de como seus pais saíram para pegar as suas bíblias.

“Todas as noites eles iam até o jardim e desenterravam um pote. Eles tiravam um livro de capa preta e o liam. Eles sempre nos disseram para nunca falar desse livro para outras pessoas. Eu sabia que eles não estavam brincando conosco e que seríamos mortos se outras pessoas soubessem do livro proibido. Às vezes minha mãe dizia que Deus estava vivo e que nós tínhamos que obedecê-Lo.”.

Em algum momento, a família foi capturada por motivos desconhecidos e enviada para o trabalho no campo. Eles passaram anos em circunstâncias horríveis, enquanto a bíblia era mantida em seu esconderijo. Depois que a família finalmente foi liberada, a Portas Abertas teve a possibilidade de ajudá-los a se restabelecerem através nos nossos contatos.

“Eles eram tão gratos, eles nos deram essa Bíblia”, disse o irmão Simon, principal ponto de contato da Portas Abertas para os cristãos perseguidos na Coréia do Norte. “Claro que nos certificamos que eles recebessem uma nova bíblia”.


Um dia, as Bíblias, hinários e outros materiais cristãos, que a Portas Abertas tem recebido nos últimos anos, serão trazidos novamente para a Coréia do Norte. “Então poderemos mostrar que ao povo norte-coreano o infinito e indestrutível poder da Palavra de Deus”, disse Simon.

NOTA: Glorifiquemos ao Senhor por ter a liberdade de ler a Palavra de Deus e muitas das vezes não a lemos por pura preguiça e OREMOS pelos cristãos na Coréia do Norte. Amém…

Fonte: inforgospel.com.br – via Portas Abertas

TaBíblia Periódica

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Jeremias (Jr)

Jeremias (Jr)
Autor:
Jeremias
Data: Entre 626—586 aC
Autor
Jeremias, filhos de Hilquias, foi um profeta da cidade leveita de Anatote e talvez tenha sido descendente de Abiatar. O significado do seu nome é incerto, mas “O SENHOR exalta” e “O Senhor lança” são possibilidades. A vida pessoal desse profeta é mais conhecida do que a de qualquer outro profeta do AT porque ele nos deixou muitas marcas de seus pensamentos, preocupações e frustrações.
Jeremias recebeu a ordem de não se casar ou ter filhos para ilustrar a sua mensagem: o julgamento era iminente, e a próxima geração seria exterminada. Seu companheiro e amigo chegado era o seu escriba Baruque. Jeremias tinha poucos amigos além dele. Ao que parece, são qualificados como amigos apenas Aicão, Gedalias, filho de Aicão e Ebede-Meleque. Isso de deve em parte por causa da mensagem de ruína proclamada por ele, uma mensagem contrária à esperança do povo e que incluía um sugestão de rendição aos babilônios. Apesar dessa mensagem de ruína, da sua severa repreensão aos líderes e do desprezo pela idolatria, o seu coração doía pelo povo, pois abia que a salvação de Israel não esta desassociada da fé em Deus e de um relacionamento de aliança correto, expresso pela obediência.
Data
Jeremias profetizou a Judá durante os reinados de Josias, Jeoaqui, Jeconias e Zedequias. O seu chamado é datado de 626 aC, e o seu ministério continuou até pouco tempo depois da queda de Jerusalém, em 586 aC. O profeta Sofonias precedeu ligeiramente a Jeremias e Naum, Habacuque e Obdias forma contemporâneos seus. Ezequiel foi um contemporâneo mais jovem, profeizando na Babilônia de 593 aC a 571 aC.
Contexto Histórico
Jeremias iniciou seu ministério no reinado de Josias, um rei bom que adiou temporariamente o juízo de Deus prometido por causa do governo terrível de Manassés. Os acontecimentos estavam mudando rapidamente o Oriente Próximo. Josias tinha iniciado uma reforma, a qual incluía a destruição dos lugares altos pagãos em Judá e Samaria. Entretanto, a reforma teve um efeito pouco duradouro sobre o povo. Assurbanipal, o último grande rei assírio, morreu em 627 aC. A Assíria estava enfraquecendo, e Josias expandindo o seu território para o norte. A Babilônia, sob o domínio de Nabopolasar, e o Egito, sob Neco, estavam tentando sustentar sua autoridade sobre Judá.
Em 609 aC, Josias foi morto em Megido ao tentar impedir o Faraó Neco de ir contra o que restava da Assíria. Três filhos de Josias (Joacaz, Jeoaquim e Zedequias) e um neto (Joaquim) sucederam-no no trono. Jeremias viu a insensatez da linha de ação política desses reis e alertou-os sobre os planos de Deus para Judá, mas nenhum deles deu atenção à advertência. Jeoaquim foi abertamente hostil a Jeremias e destruiu um rolo enviado a ele, cortando-o em algumas colunas e jogando-as no fogo. Zedequias foi um governante fraco e vacilante, buscando às vezes os conselhos de Jeremias, outras vezes permitindo que os inimigos de Jeremias o maltratassem e o aprisionassem.
Conteúdo
O livro consiste principalmente em uma breve introdução (1.1-3), uma coleção de oráculos contra Judá e Jerusalém, que Jeremias ditou ao seu escriba Baruque (1.4-20.18), oráculos contra nações estrangeiras (25.15-38; caps 46-51), acontecimentos sobre Jeremias escritos em terceira pessoa, provavelmente por Baruque (caps 26-45), e um apêndice histórico (cap 52), que é quase idêntico a 2Rs 24-25. As profecias do livro não estão em ordem cronológica.
Jeremias tinha um coração compassivo para com o seu povo e orou por ele mesmo quando o Senhor lhe disse que não fizesse isso. Ainda assim, condenou os governantes, os sacerdotes e os falsos profetas por levar o povo à perdição. Atacou também o povo por sua idolatria e proclamou um juízo severo a menos que o povo se arrependesse. Conhecendo as intenções de Deus, defendeu a rendição à Babilônia e escreveu aos que já estavam no exílio para que se estabelecessem e vivessem suas vidas normalmente. Foi estigmatizado por muitos como traidor por causa da sua pregação. Entretanto, Jeremias tinha em seu coração o melhor para o povo. Sabia que a nação seria destruída caso a aliança de Deus não fosse honrada. Mas Deus também se interessava pelos indivíduos e seu relacionamento para com ele. Como Ezequiel, Jeremias enfatizou a responsabilidade individual.
Jeremias era apenas um jovem quando foi chamado para carregar uma severa mensagem de ruína ao seu povo. Tentou evitar essa tarefa, mas foi incapaz de permanecer calado. O povo tornara-se tão corrupto sob Manassés que Deus resolveu dar um fim à nação. Derrotado e levado ao exílio, o povo iria refletir sobre o que lhe acontecera e por quê. E depois do castigo e arrependimento apropriados, Deus traria uma remanescente de volta a Judá, puniria as nações que os havia punido e cumpriria a sua antiga aliança com Israel, Davi e os levitas. E ainda lhes daria uma nova aliança e escreveria a sua lei em seus corações. O trono de Davi seria novamente estabelecido, e sacerdotes fiéis serviriam ao povo.
Os oráculos contra as nações estrangeiras ilustram a soberania de Deus sobre todo o mundo. Todas as nações pertencem a ele e todas devem a ele por sua conduta.
Cristo Revelado
Através de sua ação e atitude, Jeremias retrata um estilo de vida similar ao de Cristo e, por esta razão, pode ser considerado um tipo de Cristo no AT. Ele demonstrou grande compaixão pelo seu povo e chorou por ele. Sofreu muito nas mãos do povo, mas perdoou. Jeremias é uma das personalidades mais parecidas com Cristo no AT.
Diversas passagens de Jeremias são aludidas por Jesus em seu ensino: “é, pois, esta casa, que se chama pelo meu nome, um caverna de salteadores aos vossos olhos?” (7.11; Mt 21.13); “que tendes olhos e não vedes, que tendes ouvido e não ouvis” (5.21; Mc 8.18); “achareis descanso para a vossa alma”(6.16; Mt 11.19); “ovelhas perdidas forma o meu povo” (50.6; Mt 10.6).
O Espírito Santo em Ação
Um símbolo do ES é o fogo. Deus assegurou a jeremias: “converterei as minhas palavras na tua boca em fogo” (5.14). Em certo momento, Jeremias quis parar de mencionar a Deus, mas “isso foi no meu coração como fogo ardente, encerrado nos meus ossos; e estou fatigado de sofrer e não posso” (20.9). Hoje, chamaríamos a isso a obra do ES em Jeremias.
Além do trabalho normal de inspirar o profeta e revelar-lhe a mensagem de Deus, também é o ES quem cumpre a promessa do novo concerto que irá colocar a lei de Deus na mente de seu povo e escrevê-la no seu coração.
Esboço de Jeremias
I. O chamado de Jeremias 1.1-9
II. Coleção de discursos 2.1-33.26
Primeiro oráculos 2.1-6.30
Sermão do templo e abusos no culto 7.1-8.3
Assuntos diversos 8.4-10.25
Eventos na vida de Jeremias 11.1-13.27
Seca e outras catástrofes 14.1-15.21
Advertência e promessas 16.1-17.18
A santificação do sábado 17.19-27
Lições do oleiro 18.1-20.18
Oráculos contra leis, profetas e povo 21.1-24.10
O exílio babilônico 25.1-29.32
O livro de consolação 30.1-35.19
III. Apêndice histórico 34.1-35.19
Advertência a Zedequias 34.1-7
Revogada a libertação de escravos 34.8-22
O exemplo dos recabitas 35.1-19
IV. Julgamentos e sofrimentos de Jeremias 36.1-45.5
Jeoaquim e os rolos 36.1-32
Cerco e queda de Jerusalém 37.1-40.6
Gedalias e o seu assassinato 40.7-41.18
A fuga para o Egito 42.1-43.7
Jeremias no Egito 43.8-44.30
Oráculos para Baruque 45.1-5
V. Oráculos contra nações estrangeiras 46.1-51.64
Contra o Egito 46.1-28
Contra os filisteus 47.1-7
Contra Moabe 48.1-47
Contra os amonitas 49.1-6
Contra Edom 49.7-22
Contra Damasco 49.23-27
Contra Quedar e Hazor 49.28-33
Contra Helão 49.34-39
Contra a Babilônia 50.1-3
VI. Apêndice histórico 52.1-34
O reinado de Zedequias 52.1-3
Cerco e queda de Jerusalém 52.4-27
Sumário de três deportações 52.28-30
Libertação de Joaquim 52.31-34

Fonte: Bíblia Plenitude -

Isaías (Is)

Isaías (Is)
Autor:
Isaias
Data: Entre 700 - 690 aC
Autor
O primeiro versículo deste livro coloca Isaías, o filho de Amoz, como o seu autor. O nome “Isaias” significa “O SENHOR é salvação”. A visão e a profecia são reivindicadas quaro vezes por Isaías; seu nome é mencionado mais doze vezes no livro. Seu nome também aparece doze vezes em 2Rs e quatro vezes em 2Cr.
O Livro de Is é citado diretamente no NT vinte e uma vezes sendo atribuído em cada caso ao profeta Isaías. Argumentos diversos favorecem a autoria única: 1) palavras– chave e frases-chave estão igualmente distribuídas através de todo o livro; 2) referências à paisagem e as cores locais são uniformes. A beleza de estilo superior na poesia hebraica nos últimos capítulos de Is pode ser explicada pela mudança de assunto, de julgamento e súplica para consolo e segurança.
Data
O profeta coloca que ele profetizou durante os reinados de “Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá” (1.1). Alguns aceitam que o seu chamado para o ofício profético tenha sido feito no ano que o rei Uzias morreu, que foi em cerca de 740 aC (6.1,8). Entretanto, é provável que ele tenha começado durante a ultima década do reinado de Uzias. Por Isaías mencionar a morte do rei da Assíria, Senaqueribe, que morreu em cerca de 680 aC (37.37,38), ele deve ter sobrevivido a Ezequias por alguns anos. A tradição diz que Isaías foi martirizado durante o reinado de Manassés, filho de Ezequias. Muitos acreditam que a forma “serrados” em Hb 11.37 é uma referência à morte de Isaías. A primeira parte do livro pode ter sido escrita nos primeiros anos de Isaías, e oca capítulos posteriores, após a sua retirada da vida pública.
Se Isaías começa profetizando em cerca de 750 aC, o seu ministério pode ter se sobreposto aos ministérios de Amós e Oséias em Israel, bem como o de Miquéias em Judá.
Contexto Histórico
Isaias profetizou no período mais crucial da história de Judá e Israel. Ambos os reinos do Norte e do Sul haviam experimentado cerca de meio século de poder e prosperidade crescentes. Israel, governado por Jeroboão e outros seis reis de menor importância, tinha sucumbido ao culto pagão; Judá, sob Uzias, Jotão e Ezequias, manteve uma conformidade exterior à ortodoxia, mas, gradualmente, caiu num sério declínio moral e espiritual (3.8-26). Lugares secretos de culto pagãos eram tolerados; o rico oprimia o pobre; as mulheres negligenciavam suas famílias na busca do prazer carnal; muitos dos sacerdotes e profetas tornaram-se bêbados que queriam agradar os homens (5.7-12,18-23; 22.12-14). Embora estivesse para vir mais uma avivamento a Judá sob o rei Josias (640-609 aC), estava claro para Isaías que a aliança registrada por Moisés em Dt 30.11-20 havia sido tão inteiramente violada, que o cativeiro e o julgamento eram inevitáveis para Judá, assim como o era para Israel.
Isaías entrou em seu ministério aproximadamente na época da fundação de Roma e dos primeiros Jogos Olímpicos dos gregos. As forças européia ainda não estavam preparada para grandes conquistas, mas diversas potências asiáticas estavam olhando para além de sua fronteiras. A Assíria, particularmente, estava inclinada a conquistas ao sul e ao oeste. O profeta, que era um estudioso dos assuntos mundiais, podia ver que o conflito era iminente. A Assíria conquistou Samaria em 721 aC.
Cristo Revelado
Depois de sua ressurreição, Jesus caminhava com dois de seus discípulos e “explicava-lhes o que dele se achava em todas a Escrituras” (Lc 24.27). Para fazer isso, ele deve ter extraído muita coisa do Livro de Is, porque dezessete capítulos contém referências proféticas a Cristo.
Cristo é citado como o “Senhor, Renovo do Senhor, Emanuel, Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz, Raiz de Jessé, Pedra Angular, Rei, Pastor, Servo do SENHOR, Eleito, Cordeiro de Deus, Líder e Comandante, Redentor e Ungido”
O Cap. 53 é o grande capítulo do AT que profetiza a obra expiatória do Messias. Nenhum texto em ambos os testamentos expõe de um modo tão completo o propósito da morte vicária de Cristo na cruz. Ele é citado diretamente nove ou dez vezes por escritores do NT: 52.15 (Rm 15.21); 53.1 (Jo 12.38; Rm 10.16); 53.4 (Mt 8.17); 53.5 (Rm 4.25; 1Pe 2.24); 53.7-8 (At 8.32-33); 53.9 (1Pe 2.22); 53.10 (1Co 15.3-4); 53.12 (Lc 22.37). Também existem muitos cumprimentos de detalhes no cap. 53 em adição às citações diretas.
O Espírito Santo em Ação
O ES é mencionado especificamente quinze vezes, sem contar as referências ao poder, efeito ou influência do Espírito que não citam seu nome. Há três categorias gerais sob as quais a obra do ES pode ser descrita:
A unção do Espírito sobre o Messias pra fortalece-lo, para seu domínio e governo como Rei no trono de Davi (11.1-12); como o Servo sofredor do Senhor, que irá fazer cura, libertação, iluminação e justiça às nações (42.1-9); como o Ungido (Messias) em seus dois adventos (61.1-3; Lc 4.17-21).
O derramamento do Espírito sobre Israel para lhes dar triunfo em sua reabilitação conforme o padrão do Êxodo (44.1-5; 63.1-5), para protegê-los de seus inimigos (59.19) e para preservar Israel em relacionamento de concerto com o SENHOR (59.21). Entretanto, Israel deve ser cuidadoso para não se rebelar e contristar o ES (63.10; Ef 4.30)
A operação do ES na criação e na preservação da natureza (40.30; ver também 48.16)
O Senhor Jesus, que teve seu ministério terreno realizado no poder e unção do ES, como Isaías havia profetizado, prometeu derramar seu Espírito sobre a Igreja, pra fortalecê-la para o ministério no cumprimento da Grande Comissão.
Esboço de Isaías
I. Profecia de denúncia e convite ( parte I) 1.1-35.10
Mensagem de Julgamento e promessas 1.1-6.13
Mensagem concernentes ao Emanuel 7.1-12.6
Mensagem de Julgamento sobre as nações 13.1-24.23
Mensagem de Julgamento, louvor, promessa 25.1-27.13
Os infortúnios dos descrentes imorais em Israel 28.1– 33.24
Resumo 34.1-35.10
II. O procedimento de Deus com Ezequias 36.1-39.8
Deus liberta Judá 36.1-37.38
Deus cura Ezequias 38.1-22
Deus censura Ezequias 39.1-8
III. Profecia de consolo e paz (parte II) 40.1-66.24
A garantia de consolo e paz 40.1-48.22
O Servo do Senhor, o Autor do consolo e da paz 49.1-57.21
A realização do consolo e da paz 58.1-66.24
Fonte: Bíblia Plenitude

Cantares (Ct)

Cantares (Ct)
Autor:
Salomão
Data: Entre 970 a 930 aC

Autor e Data
A autoria de Salomão é contestada, mas a glória do simbolismo salomônico é essencial em Cantares. Jesus referiu-se duas vezes à glória e sabedoria de Salomão (Mt 6.29; 12.42). Como filho real de Davi, Salomão tece um lugar singular na história da aliança (2Sm 7.12,13). Seus dois nomes de nascimento, que simbolizam paz (Salomão) e amor (Jedidias), aplicam-se diretamente a Ct (2Sm 12.24-25); 1Cr 22.9). O glorioso reino de Salomão foi como uma restauração do jardim do Éden (1Rs 4.20-34), e o templo e o palácio que construiu personificam as verdades do tabernáculo e a conquista da Terra Prometida (1Rs 6.7). Salomão encaixa-se perfeitamente como a benção personificada do amor da aliança, visto que ele aparece em Ct com toda a sua perfeição real (1.2-4; 5.10-16).
Embora Ct não forneça informações precisas sobre o contexto, Salomão reinou em Israel de 970 a 930 aC. Linguagem e ideais similares também são encontrados na oração que Davi fez no templo por Salomão e pelo povo durante a entronização de Salomão (1Cr 29)

Características e Conteúdo
O livro de Ct é a melhor de todas as canções, um trabalho literário de arte e uma obra– prima teológica. No séc. II, um dos maiores rabinos, Akida bem Joseph, disse: “No mundo inteiro, não há nada que se iguale ao dia em que o Cântico dos Cânticos foi entregue a Israel.” O livro de Ct, em si, é como a sua fruta favorita, a romã, em cores vivas e repleto de sementes. Bastante diferente de qualquer outro livro bíblico. Ele merece consideração especial como arquétipo bíblico que apresenta, de um modo novo, as realidades básicas das relações humanas. Ct emprega linguagem simbólica pra expressar verdades eternas, em semelhança ao Livro de Apocalipses.
Ct contém descrições da mulher sulamita juntamente com uma exibição completa dos produtos de seu jardim. Isso deve ser entendido como um paralelo poético do amor conjugal e como bênçãos ao povo da aliança, em sua terra.
Claras indicações são dadas na descoberta das bênçãos da aliança: “sai-te pelas pisadas das ovelhas” (1.8). Aqui, o termo “pisadas” é, literalmente, “marcas de calcanhar”, e pode ser uma alusão a Jacó, o patriarca cujo nome conota “um calcanhar”. A função pastoril de Jacó e a sua constante luta pela bênção de Deus e do homem são citadas como a norma bíblica para o povo de Deus (Os 12.3-4,12,14). Ele nasceu segurando o calcanhar do seu irmão, um manipulador congênito. Foi “desconjuntado” com ardil no âmago de seu ser, como ilustrado por seu mancar em Maanaim (Gn 32). Foi forçado a viver fora de sua terra sob a ameaça de uma irmão irado. Retornou pra sua terra depois de 20 anos com uma instituição familiar defeituosa. Ardil, falta de amor, ciúme, raiva e amor de aluguel (de mandrágora, um suposto afrodisíaco) entraram nessa fraca estrutura. Os próprios nomes das Doze Tribos mostram a necessidade de uma nova história familiar.
A sulamita ajuda e reescreve essa história. Ela executa a dança memorial de Maanaim (6.13); ver Gn 32.2). Quando encontra a quem ama, ela o detém e não o deixa partir (3.4; ver Gn 32.26). Mandrágoras perfumadas crescem nos campos dela (7.11-13; ver Gn 30.14). Quando as filhas vêem, chama-na bem– aventurada ou feliz (6.9; ver Gn 30.13). Na sulamita, a corrompida árvore familiar produz “frutos excelentes”, os melhores (7.13; ver Dt 33.13-17). As bênçãos da aliança que havia sido distorcidas são redimidas.
Os mesmos acontecimentos também podem ser visto como retratos do amor conjugal. Dessa maneira, ela detém o seu marido e não o deixa partir (3.4). É o seu marido que elogia sua beleza (6.4-10). E a procissão de um casamento real e a alegria recíproca do noivo e da noiva aparecem retratadas em 3.6-5.1.
O Espírito Santo em Ação
De acordo com Rm 5.5, “o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo ES”. Baseado em Jesus Cristo, o ES é o poder de ligação e união do amor. A feliz unidade revelada em Ct é inconcebível à parte do ES. A própria forma do livro como cântico e símbolo é adaptada especialmente ao Espírito, pois ele mesmo faz uso de sonhos, linguagem figurada e o canto (At 2.17; Ef 5.18,19). Um jogo de palavras sutil, baseado no “sopro” divino do fôlego da vida (o ES, Sl 104.29,30) de Gn 2.7 parece vir à tona em Ct. Isso acontece em “antes que refresque o dia” (2.17; 4.6), no “soprar” do vento no jardim da sulamita (4.16) e, surpreendentemente, na fragrância da respiração e do fruto da macieira (7.8).
Esboço de Cantares
I. Cenas de abertura 1.1-2.7
Lembrando o amor do rei de bom nome 1.1-4
A morena e agradável guarda de vinhas 1.5,6
Procurando amor nas pisadas do rebanho 1.7,8
Removendo as marcas da escravidão 1.9-11
A linguagem do amor 1.12-17
O espírito e a árvore 2.1-6
A primeira súplica 2.7
II. A busca por abertura 2.8-3.5
Começando a busca 2.8-15
A alegria do amor no frescor do dia 2.16,17
A procura determinada pelo objetivo principal 3.1-4
A segunda súplica 3.5
III. A busca por mutualidade 3.6-5.8
A carruagem matrimonial real do amor da aliança 3.6-11
Conhecendo sulamita 4.1-7
Uma visão sobre a terra de cima do monte Hermom 4.8
Uma vida de união íntima num banquete no jardim 4.9-5.1
A queda da sulamita 5.2-7
A terceira súplica 5.8
IV. A busca por unidade 5.9 –8.4
Conhecendo Salomão 5.9-6.3
A glória triunfante da sulamita 6.4-10
O nobre povo da sulamita 6.11-12
A dança memorial de Maanaim 6.13-7.9
O início do novo amor de iguais 7.9 –8.3
A quarta súplica 8.4
V. Últimas cenas com resumo de realizações 8.5-14
alcançando o objetivo principal 8.5
Alcançando o amor autêntico 8.6,7
Alcançando ao maternidade e a paz 8.8-10
Obtendo uma vinha igual a de Salomão 8.11-12
Obtendo a herança 8.13-14


Fonte: Bíblia Plenitude

Eclesiastes (Ec)

Eclesiastes (Ec)
Autor:
Salomão
Data: Cerca de 931 aC

Autor e Data
O nome Eclesiastes deriva do termo grego ekklesia (“assembléia”) e significa “aqueles que fala a uma assem- bléia”. O termo hebraico correspondente é qohelet, que significa “aquele que convoca uma assembléia” recebendo muitas vezes a tradução de “Professor” ou “Pregador” em outras versões da Bíblia.
Eclesiastes e, geralmente creditado a Salomão (cerca de 971 a 931 aC), escrito em sua velhice. O tom pessimista que impregna o livro talvez seja um efeito do estado espiritual de Salomão na época (ver 1Rs 11). Embora não mencionado em 1Rs, Salomão provavelmente recobrou a consciência antes de morrer, arrependeu-se e voltou-se para Deus. Ec 1.1 parece ser uma referência a Salomão: “Palavra do pregador, filho de Davi, rei em Jerusalém”. Alusões à sabedoria de Salomão (1.16), à riqueza (2.8), aos servos (2.8), aos prazeres (2.3)e a atividade de edificação estão espalhadas por todo o livro.
Contexto
O livro evidencia um período em que, para o autor, as soluções tradicionais pras as grandes questões da vida, particularmente para o sentido da vida, perderam a sua relevância. Ao invés de responder estas questões com citações da Escritura, o Pregador introduz uma metodologia baseada na observação e na indução. A sabedoria, quando encontrada em outra literatura sapiencial da Bíblia (Jó, Pv e certos Sl), é sinônimo de virtude e piedade; e sua antítese, a loucura, representa a maldade. No livro de Ec, a palavra “sabedoria”, às vezes, é usada nesse sentido quando se trata da interpretação israelita tradicional sobre a sabedoria (como em 7.1-8.9; 10.1-11.16). Mas no capítulo de abertura (1.12-18), o autor lida com a sabedoria enquanto o processo de puro pensamento, semelhante à filosofia frega, com questionamento dos valores absolutos. Mesmo sem contestar a existência de Deus, a qual confere sentido à criação, o Pregador está determinado a procurar esse sentido através da sua própria experiência e observação, a fim de poder verificar esse sentido pessoalmente e transmiti-lo aos seus discípulos.
Conteúdo
O livro de Ec apresenta todos os indícios de ser um ensaio literário cuidadosamente composto que precisa ser compreendido em sua totalidade antes de poder ser entendido em parte. O Conteúdo do livro é definido por versos quase idênticos (1.2; 12.8), que circunscrevem o livro ao antecipar e resumir as conclusões do autor. O tema é definido em 1.3: “Que vantagem tem o homem de todo o seu trabalho, que ele faz debaixo do sol?” Ou, pode a verdadeira sabedoria ser encontrada por um ser humano à parte da revelação de Deus?
A busca do Pregador é por algum tipo de valor (“vantagem) fixo, imutável, que possa ser achado nesta vida (“debaixo do sol”), que possa servir como base de uma vida adequada. O termo hebraico traduzido pro “vantagem” é yitron (1.3) e também pode ser traduzido por “ganho”, “valor”. “Vaidade” é uma palavra –chave no livro, traduzida do termo hebraico hebel (lit. “fôlego”), indicando assim aquilo que é mortal, transitório e efêmero. Tentando cada um dos caminhos propostos pela humanidade para alcançar o valor procurado, ele os acha evasivos (“aflição de espírito”), fugazes e transitórios (“vaidade”).
A “sabedoria” de 1.12-18 está desprovida de valor verdadeiro. E a resposta também não é encontrada no prazer, na riqueza, em grandes realizações (2.1-11), em um doutrina de compensação (2.12-17) ou no materialismo (2.18-26).
Qual deve ser nossa atitude diante do fato de que nem as realizações nem as coisas materiais são yitron, ou seja, não têm valor permanente? A resposta introduz o tema secundário do livro: devemos desfrutar tanto a vida como também as coisas que Deus nos tem concedido (3.11-12; 5.18-20; 9.7-10), lembrando que, no final, Deus nos julgará pelo modo como fizemos isso (11.7-10)
Mesmo a própria vida humana, em qualquer sentido humanista, secular, não pode ser considerada como o yitron que o Pregador procura. Mesmo a relação de vida e morte é um tema subordinado no livro.
Mas retomando à busca principal do Pregador: será que essa busca está destinada a terminar (12.8) como começou (1.2), numa nota de desespero? A constante investigação do Pregador por um sentido para toda a existência demonstra que ele é um otimista, não um pessimista, e o seu fracasso em descobrir algum valor absoluto, permanente, nesta vida (“debaixo do sol”), não significa que a sua busca seja um fracasso. Ao contrário, ele se acha forçado (pela observação de Deus pôs ordem no universo quando este foi criado, 3.1-14) a buscar o valor que tanto procura no mundo do porvir (não “debaixo do sol”, mas “acima do sol”, por assim dizer). Embora não afirme isso especificamente, a lógica que envolve toda a sua busca compele a encontrar o único verdadeiro yitron no temor (reverência) e na obediência a Deus (11.7-12.7). Isso é afirmado no epílogo: o dever de toda a humanidade é a reverência a Deus e o cumprimento dos seus mandamentos (12.13). Isso precisa acontecer, mesmo que durante esta vida não haja justiça verdadeira , pois Deus, no fim, trará a juízo tudo o que existe (11.9; 12.14). Com esta observação profunda o livro termina.
O Espírito Santo em Ação
Toda as referencias ao “espírito” em Ec são referentes à força vital que anima o ser humano ou o animal (ver 3.18-21). Apesar disso, o livro antecipa alguns dos problemas enfrentados pelo apóstolo Paulo na implementação de dons espirituais em 1Co 12-14. As pessoas que acreditam que Deus lhes fale através do ES em sonhos e visões (Jl 2.28-32; At 2.17-21) agiriam bem se prestassem atenção na sábia advertência do Pregador de que nem todo sonho é voz de Deus (5.3). Paulo aparenta ter isso em mente ao falar sobre os dons de línguas e profecias em 1Co 14.9, aconselhando uma manifestação ordenada, seguida de um julgamento da assembléia sobre a declaração. Da mesma forma, a ênfase do Pregador na reverência e na obediência a Deus é paralela à preocupação de Paulo com a edificação da igreja (1Co 14.5). Os verdadeiros dons espirituais— manifestações genuínas de ações ou expressões miraculosas– acontecem em espírito de reverência pra a glória de Deus através de Cristo e para a edificação dos crentes.

Esboço de Eclesiastes:

I- Prólogo 1.1-2

a) Identificação do Livro 1.1
b) Resumos das investigações do Pregador 1.2

II- Estabelecimento do Problema 1.3-11
a) Estabelecimento do problema: Pode-se encontrar algum valor verdadeiro nesta vida? 1.3
b) Exposição do problema: Uma refutação das soluções humanísticas 1.4-11
III- Tentativas de solução para o problema 1.12-2.26
a) A refutação da razão pura: A sabedoria humana, sozinha, é inútil. 1.12-18
b) O fracasso do hedonismo: O prazer não tem sentido em si mesmo. 2.1-11
c) O fracasso da compensação: O sábio e o tolo encaram um fim comum 2.12-17
d) O fracasso da materialismo. 2.18-26
IV- Desenvolvimento do tema 3.1 - 6.12
a) Inutilidade dos esforços humanos em mudar a ordem criada. 3.1-15
b) Inutilidade de um fim igual a criaturas desiguais. 3.16-22
c) Inutilidade de um vida oprimida 4.1-3
d) Inutilidade da inveja. 4.4-6
e) Inutilidade de ser sozinho. 4.7-12
f) Inutilidade de uma monarquia hereditária. 4.13-16
g) Inutilidade do fingimento numa religião formal. 5.1-7
h) Inutilidade de sistemas de valores materialistas. 5.8-14
i) Inutilidade de deixar para trás, na morte, os produtos do trabalho 5.15-20
j) Inutilidade da futilidade de uma vida despojada. 6.1-9
l) Inutilidade do determinismo da natureza.  6.10-12
V- A sabedoria prática e os seus usos. 7.1 - 8.9
a) Provérbios moralizantes sobre vida e morte, bem e mal. 7.1-10
b) A sabedoria e as suas aplicações. 7.11-22
c) Observações sábias variadas. 7-23 - 8.1
d) A sabedoria na corte do rei. 8.2-9
VI- Um retorno ao tema. 8.10 - 9.18
a) Inutilidade da compensação (novamente) 8.10 - 9.12
b) Inutilidade da natureza instável do homem (novamente) 9.13-18
VII- Mais sobre a sabedoria e seus usos 10.1 - 11.6
VIII- O único valor é temer a Deus e obedecê-Lo. 11.7 - 12.7
a) O primeiro resumo das conclusões 11.7-10
b) O segundo resumo: alegoria da velhice e morte 12.1-7
IX- Epílogo: Confirmação da conclusão 12.8-14
a) Resumo das conclusões do Pregador 12.8
b) Resumo das conclusões do pregador através de um discípulo. 12.9-14
Fonte: Bíblia Plenitude

Provérbios (Pv)

Provérbios (Pv)
Autor:
Salomão, Agur e rei Lemuel
Data: Cerca de 950 aC

Autor
Salomão, rei de Israel, era filho de Davi e de Bate-Seba. Ele reinou por quarenta anos, de 970 a 930 aC, assumindo o trono quando tinha cerca de vinte anos de idade.
Sem dúvida influenciado pelos Salmos escritos por seu pai, Salomão nos deixou mais livros do que qualquer outro escritor do AT, excetuando-se Moisés. Parece provável que Cantares de Salomão tenha sido escrito quando ele era um jovem romântico; Provérbios, quando estava mais maduro e no auge de seu poder; Eclesiastes, quando já estava mais idoso, mais inclinado a conclusões filosóficas— e talvez mais cínico. Se poder não se mostrava em campos de batalha, mas no domínio da mente: meditação, planejamento, negociação e organização.
A reputação de Salomão para a sabedoria provém não apenas de seus resultados práticos, como no caso da disputa de um bebê (1Rs 3.16-27), mas também de declarações diretas das Escrituras. Em 1Rs 3.12 Deus diz: “Eis que te dei um coração tão sábio e entendido, que antes de ti teu igual não houve, e depois de ti teu igual se não levantará.” Em 1Rs 4.31 ele é considerado “mais sábio do que todos os homens”, seguindo um citação de vários nomes de homens sábios para comparação.
A respeito de Agur e do rei Lemuel (301; 31.1) nada se sabe, exceto que, pelos seus nomes, não são israelitas. A sabedoria é universal, não nacional.

Data
Uma vez que o Livro de Pv é uma compilação, sua composição estendeu-se por um longo período, com a obra principal datada de cerca de 950 aC. Os caps. 25-29 são identificados como transcritos pelos “homens de Ezequias”, o que situa a cópia em cerca de 720 aC, embora o material em si fosse de Salomão, talvez retirado de um documento separado encontrado no tempo de Ezequias.
Conteúdo
Sob a liderança de Salomão, Israel alcançou sua maior extensão geográfica e desfrutou da menor violência de todos o período monárquico. “Pacifico”, o significado de seu nome, descreve o reinado de Salomão. E paz, com sabedoria, trouxe prosperidade sem precedentes para a nação, o que se tornou motivo de respeito e admiração para o rainha de Sabá (1Rs 10.6-9) e pra outros governantes da época. Palavras sábias, como música ou outras formas de arte, tendiam a florescer em tal época, e então durar pelas gerações seguintes.
O livro de Pv não é apenas uma coleção de provérbios, mas uma coleção de coleções. Seu pensamento ou tema unificador é: “O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria” (9.10), aparecendo de outra maneira como: “O temor do SENHOR é o principio (ou parte principal) da ciência” (1.7). Dentre a diversidade de exemplos, algumas verdades se repetem:
A sabedoria (a habilidade de julgar e agir conforme as orientações de Deus) é o mais valioso dos bens.
A Sabedoria está disponível para qualquer um, mas o preço é alto.
A Sabedoria tem sua origem em Deus, não na própria pessoa e vem por meio da atenção à instrução.
A Sabedoria e a justiça andam juntas. É bom ser sábio, e é sábio ser bom.
O homem mau sofre as conseqüências de seus atos maus.
O ingênuo, o tolo, o preguiçoso, o ignorante, o orgulhoso, o libertino e o pecador nunca devem ser admirados.
Muitos contrastes se repetem ao longo do livro. A antítese ajuda a clarear o sentido de muitas palavras-chaves. Entre várias ideias que são colocadas em contraste estão:
Sabedoria em oposição a Loucura
Justiça em oposição a Impiedade
Bem em oposição ao Mal
Vida em oposição a Morte
Prosperidade em oposição a Pobreza
Honra em oposição a Desonra
Permanente em oposição a Transitório
Verdade em oposição a Falsidade
Ação em oposição a Preguiça
Amigo em oposição a Inimigo
Prudência em oposição a Precipitação
Fidelidade em oposição a Adultério
Paz em oposição a Violência
Boa Vontade em oposição a Ira
Deus em oposição ao Homem
O Espírito Santo em Ação
O ES não é mencionado diretamente no Livro de Pv. Mas a sabedoria se refere ao seu espírito (1.23), que é, sem dúvida, o ES. De fato, um ponto principal do livro é que a sabedoria sem Deus é impossível; assim, nesse sentido, seu espírito tem destaque em toda parte. No entanto, a palavra predominante traduzida por “espírito” no livro tem quase sempre o sentido de “atitude” ou “comportamento”, nunca implicando uma personalidade.
Em nosso época, um tempo de ação especial do ES, é o Espírito que nos ajuda a garimpar as riquezas de Pv, mais do que Pv nos ajuda a entender o Espírito. Foi dito a respeito do AT e do NT. “O Novo está encoberto no Antigo; o Antigo está revelado no Novo”.
No caso do Livro de Pv, o Espírito Santo no NT demonstra como a sabedoria do Livro (que vem apenas através da justiça) é colocada em prática.
Esboço de Provérbios
I. Introdução 1.1-7
Título, propósito e introdução 1.1-6
Tema ou lema 1.7
II. Avisos de um pai e advertências da Sabedoria 1.8-8.36
Avisos de um pai, parte um 1.8-19
Advertências da Sabedoria, parte um 1.20-33
Avisos de um pai, parte dois 2.1-7.27
Advertências da Sabedoria, parte dois 8.1-36
III. O caminho da Sabedoria em oposição ao caminho da Loucura 9.1-18
IV. Provérbios de Salomão e palavras do sábio 10.1-29.27
Provérbios de Salomão— primeira coleção 10.1-22.16
Palavras do sábio— primeira coleção 22.17-24.22
Palavras do sábio— segunda coleção (pelos homens de Ezequias) 25.1-29.27
V. Provérbios de Agur 30.1-33
A vida de moderação temente a Deus 30.1-14
As maravilhas da vida observadas sobre a terra 30.15-31
A insensatez do orgulho e da ira 30.32,33
VI. Provérbio do rei Lemuel 31.1-31
Conselhos de uma mãe para um filho nobre 31.1-9
Um poema acróstico sobre a esposa perfeita 31.10-31

Fonte: Bíblia Plenitude

Salmos (Sl)

Salmos (Sl)
Autor:
Davi, Asafe, filhos de Coré e outros
Data: entre 1000 e 300 aC

Autor
O Livro de Salmos é uma compilação de diversas coleções antigas de cânticos e poesias próprias para o uso tanto no culto congregacional quanto para a devoção particular. Em algumas coleções, os compiladores antigos reuniram a maior parte dos maravilhosos cânticos de Davi. Em outras, eles coletaram salmos de uma variedade de autores, como Moisés, Asafe, Hemã, os filhos de Corá, Salomão, Etã e Jedutum. Muitos são de fonte desconhecida. Os estudiosos judeus os chamam de “salmos órfãos”.
Data
O salmos, considerados individualmente, podem ter sido escritos em datas que vão desde o êxodo até a restauração depois do exílio babilônico. Mas as coleções menores parecem haver sido reunidas em períodos específicos da história de Israel: o reinado do rei Davi (1Cr 23.5); o governo de Ezequias (2Cr 29.30); e durante a liderança de Esdras e Neemias (Ne 12.24). Esse processo de compilação ajuda a explicar a duplicação de alguns salmos. Por exemplo 14 é similar ao 53.
O Livro dos Salmos foi editado em sua forma atual, embora com diversas variações, na época em que a Septuaginta Grega foi traduzida do hebraico, alguns séculos antes do advento de Cristo.
Os texto Ugaríticos, quando contrastados com os recentes escritos do mar Morto, mostram que as imagens, o estilo e o paralelismo de alguns salmos refletem um vocabulário e estilo cananeus muito antigos. Assim, o Livro dos Salmos reflete o culto, a vida devocional e o sentimento religioso de cerca de mil anos da história de Israel.
Conteúdo
O título hebraico deste livro, Sepher Tehillim, significa “Livro de Louvores”. Os títulos gregos, Psalmoi ou Psalterion, denotam um poema que deve ser acompanhado por um instrumento de cordas. Entretanto, o Saltério contém mais do que cânticos para o templo e hinos de louvor. Ele inclui elegias, lamentações, orações pessoais e patrióticas, petições, meditações, instruções, antífonas histporicas e tributos em acrósticos sobre temas nobres.
Em sua forma final no cânon das Escrituras, o Livro dos Salmos é subdividido em cinco livros menores. Cada livro é uma compilação de diversas coleções antigas de cânticos e poemas. Uma doxologia apropriada foi colocada pelos editores no final de cada livro. No livro I (Sl 1-41), a maioria dos cânticos são atribuídos a Davi. O Livro II (Sl 42-72) é uma coleção de cânticos por, de, ou para os filhos de Corá, Asafe, Davi e Salomão; nessa coleção, quatro escritos permanecem anônimos. O Livro III (Sl 73-89) é marcado por uma grande coleção de cânticos de Asafe. Asafe foi o chefe dos cantores do rei Davi (1Cr 16.4-7). Embora a maioria dos salmos no Livro IV (Sl 90-106) não tenha os seus autores citados, Moisés, Davi e Salomão colaboraram também. No Livro V (Sl 107-150) registram-se vários cânticos de Davi. A série de cânticos chamada de Hallel Egípcio (Sl 113-118) também está no Livro V. Os cânticos finais nesse livro (Sl 146-150) são conhecidos como o “Grande Hallel”. Cada cântico começa e termina com a exclamação hebraica de louvor, “Hallelujah!”.
Títulos informativos são encontrados no começo de muitos dos salmos. A preposição hebraica usada em muitos títulos pode ser traduzida de três maneiras: “a”,”para”, e “de”. Ou seja, “dedicado a”, “para o uso de” e “pertecente a”. Todos os títulos que descrevem a situação histórica do salmo tratam da vida de Davi. Os salmos 7, 34, 52, 54, 56, 57, 59 e 142 referem-se aos eventos ocorridos durante o problemático relacionamento de Davi com Saul; o salmos 3, 18, 51, 60 e 63 cobrem o período em que Davi reinou sobre Judá e Israel.
Outros títulos precedentes aos salmos referem-se aos instrumentos usados no acompanhamento; à melodia ou música apropriada; que parte do coral deve guiar (por exemplo, soprano, tenor, baixo); ou que tipo de salmo é (por exemplo: meditação, oração). Alguns dos significados destas anotações musicais e litúrgicas são hoje desconhecidas.
Poesia Hebraica. Em lugar de rima de sons, a poesia e o cântico hebraicos são marcados pelo paralelismo, ou rima de idéias. A maioria dos paralelismo são dísticos que expressam pensamentos sinônimos em cada linha (36.5). Outros são antíteses, em que a segunda linha expressa a negativa da linha precedente (20.8). Também há dísticos construtivos ou sintéticos, os quais tendem a adicionar ou a fortalecer um pensamento (19.8,9). Alguns poucos paralelismos são causais, apresentando a justificativa da primeira linha (31.21). Às vezes, o paralelismo envolve três linhas (1.1), quatro (33.2,3) ou mais linhas.
O Espírito Santo em Ação
O livro dos Salmos e os princípios de culto que eles refletem atendem à alma do homem e ao coração de Deus, pois são produto da obra do ES. Davi, o principal colaborador do livro dos Salmos, foi ungido pelo ES (1Sm 16.13). Essa unção não foi apenas pra o reinado, mas para o oficio de profeta (At 2.30); e as suas afirmações proféticas foram feitas pelo poder do ES (Lc 24.44; At 1.16). Na verdade, as letras desses cânticos foram compostas por inspiração do Espírito (2Sm 23.1,2), como também os planos de escolher maestros e corais com orquestras de acompanhamentos (1Cr 28.12,13).
Portanto, os Salmos são únicos e imensamente diferente das obras de compositores seculares. Ambas podem refletir a profundidade da agonia experimenta pelo espírito humano atormentado, com toda a sua comoção, e expressar a alegria extasiante da alma libertada, mas apenas os Salmos chegam a um plano superior através da unção criativa do ES.
Relatos específicos mostram que o ES opera criando vida (104.30); que acompanha fielmente os crentes (139.7); que guia e instrui (143.10); que sustém o penitente (51.11-12); e que interage com o rebelde (106.33).
Esboço de Salmos
I. Livro I 1.1-41.13
Cânticos introdutórios 1.1-2.12
Cânticos de Davi 3.1-41.12
Doxologia 41.13
II. Livro II 42.1-72.20
Cânticos dos filhos de Corá 42.1-49.20
Cânticos de Asafe 50.1-23
Cânticos de Davi 51.1-71.24
Cânticos de Salomão 72.1-17
Doxologia 72.18,19
Versículo de conclusão 72.20
III. Livro III 73.1-89.52
Cânticos de Asafe 73.1-83.18
Cânticos dos filhos de Corá 84.1-85.13
Cânticos de Davi 86.1-17
Cânticos dos filhos de Corá 87.1-88.18
Cânticos de Etã 89.1-51
Doxologia 89.52
IV. Livro IV 90.1-106.48
Cânticos de Moisés 90.1-17
Cânticos anônimos 91.1-92.15
Cânticos “O Senhor Reina” 93.1-100.5
Cânticos de Davi 101.1-8; 103.1-22
Cânticos anônimos 102.1-28; 104.1-106.47
Doxologia 106.48
V. Livro V 107.1-150.6
Cânticos de ação de graças 107.1-43
Cânticos de Davi 108.1-110.7
Hallel Egípcio 111.1-118.29
Cânticos Alfabético sobre a lei 119.1-176
Cânticos dos degraus 120.1-134.3
Cânticos anônimos 135.1-137.9
Cânticos de Davi 138.1-145.21
Cânticos “Louvai ao Senhor” 146.1-149.9
Doxologia 150.1-6
Fonte: Bíblia Plenitude
 

Cientistas afirmam que podem provar a existência de Deus pela análise do DNA




A teoria da seleção natural, proposta inicialmente por Charles Darwin, revolucionou a ciência e dominou os meios acadêmicos durante muito tempo. Porém hoje ela está sendo desafiada pelo chamado “Design Inteligente” que acendeu diversas descobertas bem como intensos debates sobre a origem da vida na Terra.

De acordo com o The Christian Post cientistas que participaram do documentário “Unlocking the Mystery of Life” (Desvendando o Mistério da Vida) afirmam que o Design Inteligente pode provar, cientificamente, a existência de Deus através da análise do DNA.

O DNA é um dos argumentos mais contundentes usados pelos cientistas criacionistas, defensores do Design (ou Projeto) Inteligente. O documentário explica que não há no Universo nenhuma entidade que armazene e processe mais informação de um modo tão eficiente quanto a molécula do DNA. Um complemento total de DNA humano possui três bilhões de caracteres individuais, carregando informações em cada célula viva de cada organismo vivo.

Quando se vê um sistema tão complexo e com uma grande quantidade de informações como o DNA, surge a pergunta: “De onde vem essa informação?”

Para responder a essa pergunta o filósofo e cientista Steven C. Meyer tem estudado o assunto e desenvolveu um argumento para provar que o Projeto Inteligente tem a melhor explicação para a origem da informação necessária à construção da primeira célula viva.

A resposta proposta é que não há explicação natural; seleção natural; processos auto-organizacionais ou o acaso que produzam a informação ou seja, o que é capaz de produzir informação é a inteligência. Assim os cientistas concluem que quando se descobre um sistema na célula rico em informação, especificamente na molécula do DNA, podemos concluir que uma inteligência teve papel na origem desse sistema.

Para defender essa ideia Michael Behe, bioquímico da Universidade Lehigh, compara os sistemas biológicos a um motor de popa: “Com o motor de popa vemos como as partes interagem e sabemos que alguém fez isso. O raciocínio é o mesmo para as máquinas biológicas. Por isso a ideia do projeto inteligente é completamente científica”.

Scott Minnich, Biólogo Molecular da Universidade de Idaho, também defende o Projeto Inteligente e afirma: “É uma ideia muito forte de que o Universo é racional e compreensível subscrito por uma inteligência suprema. É algo que transcende o programa da ciência, algo que traz significado ao mundo. Se tudo fosse de caráter caótico então não haveria razão para se esperar qualquer propósito lá fora. Mas de fato se for produto de uma mente inteligente então a ciência torna este projeto enorme e maravilhoso de se resolver o quebra-cabeça”.

Assista na íntegra documentário sobre o tema: